domingo, 1 de novembro de 2009

Segurança Alimentar




É definida como o acesso de todas as pessoas, em todos os momentos, a uma alimentação nutricionalmente adequada, suficiente e segura (qualidade, quantidade e variedade) para manter uma vida ativa e saudável.
E sendo um conjunto de normas de produção, transporte e armazenamento de alimentos visando determinadas características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais padronizadas, segundo as quais os alimentos seriam adequados ao consumo.


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Vídeos - Dr. Bactéria



Perigos Alimentares

Os perigos alimentares são classificados de acordo com a sua natureza e podem ser biológicos, químicos ou físicos.

Perigos Biológicos: bactérias, vírus, parasitas patogénicos e
toxinas micriobianas.

Perigos Químicos: pesticidas, herbicidas, contaminantes tóxicos orgânicos, antibióticos, promotores de crescimento, aditivos alimentares tóxicos, lubrificantes, tintas, desinfectantes, metais pesados, alergéneos, toxinas naturais.

Perigos Físicos: fragmento de vidro, metal e madeira e outros objetos que possam causar dano físico ao consumidor
(feridas na boca, dentes quebrados ou outro tipo de lesão que necessite de intervenção médica para retirar o agente do
microrganismo do consumidor).

O estado de saúde das pessoas é particularmente importante na prevenção de doenças e depende em parte de uma dieta
nutricional equilibrada. Se isso não acontece, a qualidade de vida e a expectativa de vida diminuem. Tanto os macro como os micro-nutrientes são necessários para promover e manter a saúde do ser humano.

Em muitos países em desenvolvimento, a falta de suprimento adequado de alimentos contribui para a desnutrição e diminui o estado geral de saúde da população, principalmente dos
bebés e das crianças. Como consequência, uma grande parte
da população fica mais susceptível a infecções e outras doenças.

As deficiências nutricionais em produtos alimentícios podem ser os seguintes:

- Deficiência nutricional e/ou formulação inexata de fórmulas sintetizadas que podem causar complicações de doenças e até a morte em bebés, idosos e indivíduos muito doentes.

- Fatores anti-nutritivos como fitatos em vegetais verdes
folhosos e inibidores de tripsina em legumes e soja devem ser levados em conta na produção e no preparo de alimentos.

- A destruição e a perda desnecessária de nutrientes ocorre
quando os alimentos processados por períodos de tempo muito extensos e armazenados inadequadamente.
O nutriente mais susceptível de destruição é o ácido ascórbico.
A perda deste em vegetais cozidos é alta se estes alimentos são mantidos em balcões térmicos por muito tempo.
As vitaminas do complexo B também são instáveis
em várias condições de processamento.





Cultivo de Salmonella, um dos contaminantes mais habituais nos alimentos.

Perigos Biológicos


Entre os três tipos de perigos (biológico, químico ou físico),
o perigo microbiológico é o que representa maior risco à segurança dos alimentos.

Os microrganismos são seres vivos invisíveis a olho nu, que podem ser encontrados em qualquer parte, e alguns podem ser benéficos para o homem.
Determinados microrganismos são usados na produção de alimentos com funções específicas, como fermentação, sendo portanto, úteis.
Outros causam a deterioração de alimentos, tornando-os impróprios para o consumo humano. Os microrganismos patogénicos podem causar doença ou dano nos seres humanos.

Os perigos biológicos de origem alimentar incluem microrganismos como:
Bactérias, Vírus e Parasitas.
Estes microrganismos são frequentemente associados a manipuladores e produtos crus contaminados num estabelecimento.
Muitos destes microrganismos ocorrem naturalmente no ambiente onde os alimentos são produzidos.Vários são inactivados pela cozedura, e muitos podem ser controlados por práticas adequadas de manipulação armazenamento (higiene, controlo de temperatura e tempo).

As bactérias patogénicas causam
a maioria dos surtos e casos de doenças transmitidas por alimentos. É normal encontrar um certo nível desses microrganismos na maioria dos alimentos crus.
O armazenamento ou a manipulação inadequada dos
alimentos crus contribui para um número significativamente maior desses microrganismos antes da cozedura, aumentando o risco de se obter um alimento perigoso, caso haja falha no processo ou se esse alimento for consumido cru. Mesmo os alimentos cozidos fornecem um meio fértil
para o crescimento rápido de microrganismos se não forem manipulados e armazenados adequadamente.

Os vírus podem ser transmitidos ao homem através dos alimentos, água ou outras fontes. São incapazes de se produzir fora de uma célula viva, e por isso não se replicam nem sobrevivem por longos períodos em alimentos, sendo simplesmente transportados por eles.


Os parasítas são, em geral, específicos para cada hospedeiro animal e podem incluir o Homem no seu ciclo de vida. As infestações parasitárias estão associadas, principalmente, com produtos mal cozidos ou alimentos prontos para consumir contaminados. O congelamento pode matar os parasitas
encontrados em alimentos tradicionalmente consumidos crus, marinados
ou parcialmente cozidos.

Os fungos incluem bolores e leveduras, e podem ser benéficios para o homem, sendo utilizados na produção de determinados alimentos, como queijos. Entretanto, alguns fungos produzem substâncias tóxicas
(micotoxinas), que são prejudiciais ao homem e aos animais. Estas substâncias já são consideradas perigos químicos devido à sua natureza química.


O mercúrio, assim como os demais metais pesados, é considerado um perigo químico.

Perigos Químicos

Apesar dos perigos biológicos serem de maior interesse devido à capacidade de causarem doenças transmitidas por alimentos com muita facilidade, os perigos químicos também podem causar doenças transmitidas por alimentos, embora geralmente afetem menos indivíduos.

Os contaminantes químicos presentes nos alimentos podem ser de ocorrência natural ou serem adicionados durante o processamento do alimento. Os contaminantes químicos prejudiciais, em altos níveis,têm sido associados com casos agudos de doença de origem alimentar e podem ser responsáveis por doenças crónicas em níveis mais baixos.
A contaminação química pode acontecer em qualquer
etapa da produção e do processamento de alimentos.

Os perigos químicos em alimentos incluem os compostos químicos que, quando consumidos em quantidades suficientes podem inibir a absorção e/ou destruir nutrientes. São carcinogénicos, mutagénicos ou teratogénicos ou tóxicos podendo causar doença severa e inclusive a morte devido ao seu efeito biológico no corpo humano.

Os potenciais perigos para a saúde do consumidor aumentam quando os químicos não são controlados ou as proporções recomendadas de uso são excedidas.

Compostos químicos tóxicos, irritantes ou que não são normalmente utilizados como ingrediente. Podem ser: agrotóxicos, hormônios sintéticos), antibióticos, detergentes, metais pesados, óleo lubrificante, entre outros. Desde o momento da produção até o consumo, os alimentos estão sujeitos à contaminação química.
Esta contaminação pode ocorrer no próprio campo através da aplicação de inseticidas, herbicidas e outros agentes para controles de pragas na agricultura. A contaminação pode ser ocasionada também pela contaminação do solo com metais pesados que passa de organismo em organismo da cadeia alimentar até chegar ao homem.


Microscopia eletrônica de grãos de areia, um exemplo de perigo físico.

Perigos Físicos


Corpos estranhos como pedaços de metal, pedaços de borracha, pedaços de plástico, areia, parafusos, pedaços de madeira, cacos de vidro ou pedras.

Os objetos estranhos no alimento podem causar doenças ou lesões.
Estes perigos físicos resultam da contaminação e/ou más práticas em vários pontos da cadeia produtiva, desde a colheita até o consumidor, inclusive dentro de um estabelecimento de alimentos.

Os perigos funcionais ocorrem quando o tamanho das partículas diferem das normalmente produzidas ou fornecidas, quando ocorrem
defeitos de embalagem (por exemplo, fechamento inadequado ou orifícios no material de embalagem),
e quando o alimento é sabotado por funcionários ou consumidores. Estes perigos podem ser controlados por uma inspecção cuidadosa e técnicas de vigilância aplicadas pelo produtor e pelo consumidor.
Choque ou asfixia provocados por alimentos contaminados como cachorro quente, bala de goma, nozes, salgados tipo saco, bife ou qualquer outro alimento que não seja mastigado o suficiente para ser engolido, e que pode parar na faringe, bloqueando a entrada do esófago e da laringe.


Outros Perigos:

Os priões: Os priões são
proteínas que se pensa terem origem nos componentes normais dos tecidos neurológicos dos animais (não são vírus ou microrganismos celulares).
No seu estado normal não infeccioso, estas proteínas podem estar envolvidas na comunicação celular.
Quando estas proteínas tomam uma forma normal, isto é, os priões, eles transformam moléculas proteicas com uma forma normal, com as quais estão em contacto, em priões.Este processo repete-se muitas vezes até que
o número de moléculas anormais causa doença.
Quando consumidos na dieta, os priões são absorvidos no corpo, onde começam de novo o processo de transformar as proteínas normais em priões.
Os priões específicos com interesse na doença e as proteínas normais configuradas são encontrados nos mamíferos.
No entanto, proteínas similares foram encontradas em outros microrganismos, desde galinhas a leveduras.


Diferença entre contaminante e perigo alimentar:

Perigo: propriedade de um género alimentício, química, física
ou biológica que pode causar um dano inaceitável na saúde do
consumidor.

Contaminante: qualquer material estranho (não adicionado
intencionalmente) num género alimentício (químico, físico ou biológico) que o torna inadequado ao consumo. Um perigo pode ser exterior ou intrínseco. Uma contaminação é sempre externa.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)

Doenças transmitidas por alimentos, mais comumente conhecidas como DTAs, são causadas pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTAs e a maioria são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas. Outras doenças são envenenamentos causados por toxinas naturais (ex. cogumelos venenosos, toxinas de algas e peixes) ou por produtos químicos prejudiciais que contaminaram o alimento (ex. chumbo, agrotóxicos).
Surto de DTA é o episódio em que duas ou mais pessoas apresentam doença semelhante após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem. Para doenças raras, apenas um caso já é considerado como surto.

História natural da doença

As DTAs são uma importante causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Em muitos países, durante as últimas duas décadas, tem emergido como um crescente problema econômico e de saúde pública. Numerosos surtos de DTA atraem atenção da mídia e aumento do interesse dos consumidores. Espera-se que o problema aumente no século 21, especialmente com as várias mudanças globais, incluindo crescimento da população, pobreza, exportação de alimentos e rações animais, que influenciam a segurança alimentar internacional.

Características gerais de sua distribuição no Brasil e no mundo

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, a cada ano, mais de dois milhões de pessoas morram por doenças diarréicas, muitas das quais adquiriram ao ingerir alimentos contaminados.
Estima-se que as DTAs causem, anualmente, nos Estados Unidos (EUA), aproximadamente 76 milhões de casos, 325.000 hospitalizações e 5 mil mortes.
No Brasil, faz-se a vigilância epidemiológica de surtos de DTA e não de casos individuais, com exceção da cólera, febre tifóide e botulismo. Essa vigilância (VE-DTA) teve início em 1999 e há registro médio de 665 surtos por ano, com 13 mil doentes.

CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

Importante - Os cuidados nas compras!

Uma alimentação saudável, segura e nutritiva é um direito que deveria ser garantido a toda população. Essa garantia inclui o acesso à alimentação em quantidade, qualidade e regularidade suficiente.

1 - Mas onde comprá-los de forma segura?


Nos últimos anos, o comercio ambulante de alimentos cresceu de forma expressiva. Trata-se de um fenômeno mundial, identificado especialmente nos países em desenvolvimento, como alternativa econômica para lidar com a crise econômica e o desemprego.

é importante chamar a atenção para as condições de higiene desses locais. Os alimentos vendidos pelo comércio ambulante são preparados e conservados no próprio local (ruas, praias) e representam um risco à saúde pública devido às condições inadequadas de higiene do local de preparo e do manipulador de alimentos, onde o mesmo comerciante que prepara o alimento recebe o dinheiro.

De um modo geral, tais locais não dispõem uma pia com água tratada para higiene de mãos, utensílios e alimentos. A água utilizada é armazenada de forma inadequada e é obtida de fonte insegura. Vale ressaltar que o ambiente e as mãos do manipulador devem estar sempre limpos, do contrário representarão importante fonte de contaminação.

A princípio é necessário estar atento aos locais que possuam autorização de um órgão oficial para funcionamento, mas é fundamental verificar as condições gerais de higiene do estabelecimento, o asseio dos funcionários e sua uniformização. O local ideal para as compras é arejado, limpo, bem iluminado, com os alimentos armazenados de acordo com as suas características, ou seja, perecíveis sob refrigeração adequada, alimentos secos em ambiente fresco e livre de umidade.


2 - O que devemos observar no momento da compra dos alimentos?

Ao comprar um alimento é fundamental prestar bastante atenção às suas características, certificando-se, assim, que após o preparo você estará consumindo um alimento saudável, nutritivo e seguro.

A aquisição ou compra dos alimentos é a primeira etapa do controle de qualidade do processamento domiciliar de alimentos. Por isso, é fundamental adotarmos alguns cuidados no momento da compra, visando um melhor aproveitamento dos alimentos e a manutenção da saúde.

Dentre esses cuidados, recomenda-se:

1) Planejamento e organização

* Organize sua compra. Antes sair de casa, faça sempre uma lista dos alimentos que quer comprar. Ao listar os produtos, prefira aqueles que estão na safra, e por isso com melhor qualidade e preço.

* Divida sua lista em perecíveis (que necessitam de refrigeração) e não perecíveis (alimentos secos como sacos, latas, vidros, etc) e organize uma rota pelo estabelecimento de tal forma que deixe a compra dos produtos perecíveis no final. Como eles precisam estar sempre gelados, isso vai garantir que o produto comprado chegue na sua casa fresco, saboroso e seguro.

* Ao finalizar suas compras volte para casa imediatamente. A manutenção de produtos perecíveis (como o iogurte, queijo, mortadela e as carnes) fora da refrigeração por muito tempo favorece o crescimento dos microrganismos.

Compre apenas a quantidade necessária, evitando excessos que não serão consumidos. Por isso o planejamento prévio é fundamental. Leve uma lista dos alimentos com as quantidades necessárias.

* A organização do carrinho de compras é um item fundamental. Separe, no carrinho de compras,os produtos de higiene e limpeza dos gêneros alimentícios. Faça o mesmo ao ensacar os alimentos.

2) Atenção à rotulagem

* Os rótulos dos alimentos devem ser lidos com atenção. No rótulo você encontrará informações sobre o produto que está comprando, inclusive sobre as características do produto, qualidade, quantidade, a data de fabricação e o prazo de validade, dentre outros dados.

* Comparar preços é muito importante, mas é um erro comprar somente pelo preço. Portanto, fique atento ao prazo de validade e cuidado com as promoções. Muitos estabelecimento comerciais vendem produtos a um preço bastante atraente, já estão com prazo de validade vencido ou para vencer em data próxima.

3) Atenção às características dos alimentos e à embalagem

* A cor dos alimentos, aparência e cheiro são fatores que precisam ser observados. Evite produtos amassados, folhas murchas ou secas.
* Atenção!!!! Observe as condições da embalagem.

Não compre:

-produtos com validade vencida;

- lata estufada, pois isto é sinal de deterioração do alimento;
- lata amassada, pois é possível que o verniz interno tenha sido rompido, prejudicando a qualidade do alimento;
- lata enferrujada, pois é característica de produto velho e mal armazenado;
- vidro com líquido turvo ou com espuma. Tais aspectos indicam alimento estragado;
- embalagens de vidro com tampa enferrujada ou amassada.

· Ao comprar conservas e enlatados, escolha produtos que possuam algum tipo de lacre em suas tampas, verificando antes se ele não está violado. Ao comprar bebidas, verifique se o lacre não está rompido ou mesmo ausente, apresentando vazamento ou rachaduras. Se for adquirir caixas fechadas, certifique-se de que estejam secas e as latas não apresentem vazamento.

· As conservas devem estar em locais ventilados e onde não incida a luz do sol, já que o calor pode provocar a deterioração do alimento. Não compra nunca conservas e enlatados estufados ou com vidros embaçados.

Ao comprar cereais (arroz, feijão, farinha, grãos etc.) a granel, verifique o peso bem como a aparência do produto (sujidade, umidade) e a validade do produto.

4) Atenção à temperatura

· Atenção à cadeia de frios do supermercado. Verifique se há um termômetro no freezer indicando a temperatura e se a temperatura de conservação indicada no rótulo do alimento está dentro da faixa encontrada no freezer.
· Se você observar camadas de gelo ao redor do produto, sem uma densa névoa por cima e com os produtos sensivelmente “suando”, pode indicar que o equipamento de refrigeração foi desligado à noite e religado durante o dia na intenção de reduzir custos.

· Leite e derivados (queijos, manteigas, iogurtes) devem ser conservados sob refrigeração (de 0º a 5ºC), com exceção dos embalados tipo longa vida. Não adquira laticínios ou frios que não contenham o carimbo do SIF (Serviço de Inspeção Federal), ou dos Serviços de Inspeção Estaduais ou Municipais.

5) Atenção às condições de higiene do estabelecimento comercial

*
Dê preferêcia àqueles onde é possível verificar a higiene das instalações, banheiros, setor de armazenamento e que seja um local agradável de permanecer. Verifique ainda se há um responsável técnico que atue no contato com consumidores e no garantia de qualidade dos produtos.

O setor de mercearia de um supermercado pode ser dividido em dois setores: seco e líquido.

Arroz, feijão, farinhas e açúcar são alguns ítens que compõem o setor de mercearia seca.

água mineral, sucos, refrigerantes, vinhos e extrato de tomante são itens que compõem o setor de mercearia líquida.

Devemos observar as condições higiênico-sanitárias e o bom estado dos estabelecimentos onde vendem os alimentos.
é importante verificar o acondicionamento do lixo do estabelecimento varejista. O local deve possuir um sistema efetivo de recolhimento de lixo, o qual se constitui numa fonte de contaminação, e risco para a saúde pública.

O transporte dos produtos de mercearia deve ser feito em caminhões higienizados e a entrega deve ser realizada por funcionários adequadamente uniformizados e em perfito estado (uniforme claro ou branco).

O controle de pragas é essencial em todos os setores de um estabelecimento. Esse controle são medidas de controle que compreende o tratamento com agentes químicos, biológicos ou físicos devem ser aplicadas somente sob a supervisão direta do pessoal tecnicamente competente que saiba identificar, avaliar e intervir nos perigos potenciais que estas substâncias representam para a saúde.

Podemos listar os seguintes tipos de pragas: roedores (ratos , ratazanas e camundongos), formigas, baratas (Blatella germanica e Periplaneta americana), moscas e cupim. Devevemos nos preocupar com os pombos, os quais transmitem doenças como que são causadas tanto por fungos existentes em suas fezes secas como por bactérias. Os pombos podem transmitir doenças aos seres humanos e animais, tais como: criptococose, histoplasmose, ornitose, salmonelose, toxocoplasmose, encefalite, dermatites, alergias respiratórias, doença de Newcastle, aspergilose e tuberculose aviária.



3 - Comprando Ovos

Os ovos devem estar uniformes, íntegros, limpos e de casca lisa. Cuidado ao comprar ovos que contenham cascas rachada ou manchada. é importante verificar as datas de fabricação e de validade dos ovos, assim como o registro do órgão competente.
Os ovos são os alimentos de maior risco e não devem ser utilizados na preparação de pratos, molhos ou sobremesas sem processamento térmico. Nesses casos, deve-se utilizar ovos pasteurizados.
A presença de uma bactéria em particular, Salmonella spp, pode provocar infecções graves, por vezes mortais, pelo que o uso de ovos crus ou mal cozidos deve ser evitado, sujeitando os ovos a um intervalo de tempo/temperatura de confecção que permita eliminar essa bactéria.

4 - Comprando Produtos de Panificação e Confeitaria

Cereais como trigo, milho, aveia, arroz, cevada, sorgo e centeio são melhor utilizados para consumo humano quando preparadas na forma de farinha. Cereais são sementes que se reproduzem quando plantados. A semente consiste em três partes: o embrião ou gérmen, a fonte de comida para o crescimento inicial da planta jovem chamada endosperma, e uma coberta protetora que origina o farelo.

Ao comprar o pão, observe se seu tamanho é compatível com o peso, se, ao cortar o pão, ele se esfarela facilmente e se apresenta pouco miolo e muita casca. Esse pão pode conter bromato de potássio, que é tóxico e pode ocasionar danos à saúde. Ele é adicionado à massa para tornar o produto mais vistoso.
O local apropriado para guardar o pão, seja em padaria, bar ou supermercado, é dentro de vitrines fechadas e protegido de insetos.

O acondicionamento do pão deve ser feita em vitrines fechadas, evitando-se, assim, a contaminação do alimento pronto para o consumo, e a manipulação deverá ser realizada com pegadores pelos funcionários do estabelecimento varejista.



5 - Comprando Frutas, Legumes e Verduras

Na compra de frutas, verduras e legumes devemos observar os seguintes pontos:
- Não apresentarem sujidades, corpos estranhos aderentes à superfície, fungos e outros;
- Não estarem amassadas;
- Devem se apresentar com coloração pertinente às frutas, à verduras ou aos legumes.

Os alimentos orgânicos devem estar dispostos e separadamente em locais apropriados nos locais de venda a fim de que não ocorra contaminação de outros produtos com os produtos orgânicos.

A prática de higienização de frutas, legumes e verduras é fundamental. Deve-se lavar esses alimentos cuidadosamente em água corrente, e posteriormente colocá-los em água com produtos específicos vendidos em supermercados e hipermercados.

Algumas zoonoses, como por exemplo, cisticercose, podem ser veiculadas através de frutas, legumes e verduras. Podem ser causadas pela ingestão acidental de ovos de Taenia solium, liberados pelo homem.



6 - Comprando Laticínios

O leite é um alimento natural aperfeiçoado ao longo de muitos anos pela seleção natural para manter os mamíferos vivos e saudáveis. De acordo com registros arqueológicos, os mamíferos - por definição, animais cujas fêmeas secretam leite como alimento para a sua prole - surgiram há cerca de 150 milhões de anos. Qualquer animal produtor de leite de qualidade inferior não consegue manter os descendentes e, portanto, não consegue perpetuar os seus genes.

Evidências encontradas no Oriente Médio sugerem que os homens utilizam o leite como alimento há pelo menos 8 a 10 milênios.

Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite das outras espécies deve denominar-se segundo a espécie da qual proceda.

O cálcio encontrado no leite contribuiu para o aumento na estatura e evitar doenças como osteoporose, uma vez que o leite representava a principal fonte de cálcio disponível na dieta.

Devem ser verificadas as condições das embalagens dos latícínios, as quais não devem estar sujas, estufadas ou avariadas.

Todos os laticínios são subprodutos de origem animal, e devem ter o registro do órgão competente, ou seja, do Serviços de Inspeção municipal, estadual ou federal. Vale ressaltar que os produtos que tenham registro de Inspeção Municipal somente poderão ser comercializados no município em que esse foi produzido; e aqueles que tenham registros de Inspeção Estadual ou Federal, somente poderão ser comercializados no estado ou em todo território nacional, respectivamente.

Deve-se ler com atenção o rótulo dos produtos. Em muitos estabelecimentos, as bebidas lácteas são colocadas próximo às embalagens de iorgurte, conferindo ao consumidor, que tais produtos são a mesma coisa.
Entende-se por bebida láctea o produto lácteo resultante da mistura do leite (in natura, pasteurizado, esterilizado, UHT, reconstituído, concentrado, em pó, integral, semidesnatado ou parcialmente desnatado e desnatado) e soro de leite (líquido, concentrado e em pó) adicionado ou não de produto (s) ou substância (s) alimentícia (s), gordura vegetal, leite (s) fermentado (s), fermentos lácetos selecionados e outros produtos lácteos.

Produtos lácteos sem registro do órgão competente são denominados clandestinos. Esses alimentos clandestinos podem estar contaminados e veicular doenças ao homem, tais como: brucelose, tuberculose, estafilococose, e doenças transmitidas por alimentos.

Deve-se ter atenção para o acondicionamento, datas de fabricação e de validade do leite e seus subprodutos.



7 - Comprando Carnes

A carne fresca deve ter cor vermelho-cereja brilhante, podendo apresentar cor amarronzada quando embalada a vácuo. No caso da carne ser cortada e exposta ao ar, ocorre mudança na cor dos pigmentos em decorrência da reação com o oxigênio.

A carne representa um alimento importante para o homem, pois está relacionada com a produção de energia, com a função plástica na formação de novos tecidos orgânicos e com a regulação dos processos fisiológicos.

Sua maior contribuição está relacionada com a quantidade e qualidade de suas proteínas, com a presença de ácidos graxos essenciais e de vitaminas do complexo B e, em menor quantidade, ao seu conteúdo de determinados sais minerais. Os nutrientes contidos na carne são importantes para a saúde.

Só devemos comprar carne inspecionada pelos Serviços Oficiais de Inspeção.

Devemos sempre verificar a data de validade do produto que, por lei, deve estar impressa no rótulo da embalagem.

Não devemos comprar carnes onde seja observado excesso de líquido no interior das embalagens, assim como manchas esverdeadas, ou caso a embalagem não esteja bem aderida ao produto.

A carne deve ter consistência firme com odor e cor característicos, sem manchas esverdeadas.

As carnes podem ser encontradas à venda em bandejas de isopor, embalagens à vácuo e em balcões no açougue.

Na embalagem à vácuo, o oxigênio é retirado da embalagem, dificultando o crescimento de microrganismos que dele necessitem para o seu desenvolvimento. A embalagem à vácuo é considerada uma forma segura para garantir a qualidade e a durabilidade da carne. A coloração da carne é mais escura, devido a falta de contato com o oxigênio, mas após a abertura da embalagem, ela irá retornar à sua coloração normal.

O odor da carne fresca parece um pouco com o odor do ácido lático comercial. No caso de animais idosos, o odor de sua carne é mais forte que a dos animais jovens da mesma espécie. Nas espécies caprina e suína, a carne dos machos adultos pode exalar um odor forte e desagradável.

Podemos observar que o odor da carne cozida é mais acentuado do que o da carne crua. Normalmente, o sabor da gordura é suave ou quase não é percebido, mas quando ocorre rancificação ela pode conter elementos odoríferos.



8 - Comprando Pescado

A denominação genérica, "Pescado" compreende os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e mamíferos de água doce e salgada, usados na alimentação humana, de acordo com o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal.

As características sensorias no pescado é de suma importância e devem ser analisados criteriosamente ao serem adquiridos em estabelecimentos comerciais e feiras livres.

O acondicionamento correto do pescado está relacionado diretamente com a qualidade do alimento. Devemos observar os seguintes pontos conforme informações abaixo.

Os peixes devem ter:
- Superfície do corpo limpa com relativo brilho metálico;
- Olhos transparentes, brilhantes e salientes ocupando completamente as órbitas;
- Guelras róseas ou vermelhas, úmidas e brilhantes, com odor natural, próprio e suave;
- Ventre roliço, firme, não deixando impressão duradoura à pressão dos dedos;
- Escamas brilhantes, bem aderentes à pele e nadadeiras apresentando certa resistência aos movimentos provocados;
- Carne firme, elástica, e de cor própria da espécie;
- Víscera íntegras e perfeitamente diferenciadas;
- ânus fechado;
- Cheiro específico lembrando o das plantas marinhas.

Crustáceos
- aspecto geral brilhante e úmido;
- corpo em curvatura natural, rígida, artículos - firmes e resistentes;
- carapaça bem aderente ao corpo;
- coloração própria à espécie, sem qualquer pigmentação estranha;
- olhos vivos e destacados;
- cheiro próprio e suave.

Moluscos
(Mariscos)
- Devem ser expostos à venda vivos, com valvas fechadas e com retenção de água incolor e límpida nas conchas;
- cheiro agradável e pronunciado;
- carne úmida e bem aderente à concha, de aspecto esponjoso, de cor cinzenta-clara nas ostras e amareladas nos mexilhões.

Polvo e Lula
- pele lisa e úmida;
- olhos vivos, salientes nas órbitas;
- carne consistente e elástica;
- ausência de qualquer pigmentação estranha à espécie;
- cheiro próprio;

Conhecer as características listadas acima é fundamental a fim de evitar adquirir doenças transmitidas por alimentos.

Não armazene os pratos à base de pescados após o cozimento, para posterior reaquecimento, devido aos riscos de sobrevivência de microrganismos que causam doenças. Há também possibilidade de produção de substâncias que causam alergias.

A valorização dos produtos pesqueiros pelas suas qualidades nutricionais e para a preservação da saúde humana tem contribuído para um aumento na demanda pelos mesmos no mercado interno, que apresenta um elevado potencial de elasticidade se tivermos em mente que o consumo médio anual de pescado per capita é de apenas 6,8 kg/habitante.

Pescado salgado ou Pescado salgado seco

A qualidade do pescado salgado ou pescado seco está diretamente relacionado à qualidade da matéria-prima, método de salga, controle do binômio tempo-temperatura, e umidade na cadeia produtiva.
Em estabelecimentos varejistas de alimentos, devemos observar pontos relevantes, como:
- critérios para a seleção do fornecedor;
- garantia da qualidade do produto adquirido;

Em relação ao armazenamento, os locais de distribuição ou varejistas alimentícios, devem seguir os seguintes critérios:
- seguir rigorosamente a temperatura de conservação informada pelo fornecedor;
- seguir as recomendações do fornecedor em relalação ao empilhamento;
- respeitar a distância entre os produtos;

O preparo do pescado salgado deve ser realizado em área destinada para esse fim, e deve ser organizada e limpa. Os funcionários devem ser orientados sobre os procedimentos corretos de produção e de higienização. Nesses locais, devem ser acondicionadas embalagens que serão utilizadas no mesmo dia.
As seguintes informações devem constar no rótulo dos produtos:
- Denominação de venda do produto (tipo de pescado);
- Estabelecimento de origem e C.N.P.J.;
- Informações do importador;
- Peso líquido;
- Peso bruto;
- Datas de fabricação e de validade;
- Forma de conservação;
- Informação Nutricional;
- Preço;
- Informações do importador;

Espécies de Pescado salgado:
De acordo com o Regulamento Industrial de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), entende-se por peixe salgado e seco o produto elaborado com peixe limpo, eviscerado, com ou sem cabeça e convenientemente tratado pelo sal (cloreto de sódio), não devendo conter mais de 40% de umidade para as espécies gordas, tolerando-se 5% para as espécies magras.
Existem 5 tipos de diferentes peixes secos no mercado brasileiro:
- Gadus morhua (Cod);
- Gadus macrocephalus;
- Saithe;
- Ling;
- Zarbo.

As espécies Gadus morhua e Gadus macrocephalus são utilizadas no processo de salga (bacalhau).

Gadus morhua (Cod) é também conhecido no Brasil como Porto ou Porto Morhua. Possui coloração palha e uniforme, e suas postas são altas. Após o cozimento, lascas claras e tenras.

Gadus macrocephalus é também denominado Portinho, Codinho ou Bacalhau do Pacífico, e possui as seguintes características:
- não se desmancha em lascas;
- é fibroso;

O Saithe possui musculatura escura e sabor pronunciado. é muito vendido no Nordeste brasileiro.

O Ling é claro e mais estreito quando comparado aos anteriores.

Zarbo são menores em relação aos demais.

9 - Comprando Produtos de Mercearia

O setor de mercearia de um supermercado pode ser dividido em dois setores: seco e líquido.

Arroz, feijão, farinhas e açúcar são alguns ítens que compõem o setor de mercearia seca.

água mineral, sucos, refrigerantes, vinhos e extrato de tomante são itens que compõem o setor de mercearia líquida.

Devemos observar as condições higiênico-sanitárias e o bom estado dos estabelecimentos onde vendem os alimentos.
é importante verificar o acondicionamento do lixo do estabelecimento varejista. O local deve possuir um sistema efetivo de recolhimento de lixo, o qual se constitui numa fonte de contaminação, e risco para a saúde pública.

O transporte dos produtos de mercearia deve ser feito em caminhões higienizados e a entrega deve ser realizada por funcionários adequadamente uniformizados e em perfito estado (uniforme claro ou branco).

Podemos listar os seguintes tipos de pragas: roedores (ratos , ratazanas e camundongos), formigas, baratas (Blatella germanica e Periplaneta americana), moscas e cupim. Devevemos nos preocupar com os pombos, os quais transmitem doenças como que são causadas tanto por fungos existentes em suas fezes secas como por bactérias. Os pombos podem transmitir doenças aos seres humanos e animais, tais como: criptococose, histoplasmose, ornitose, salmonelose, toxocoplasmose, encefalite, dermatites, alergias respiratórias, doença de Newcastle, aspergilose e tuberculose aviária.

10 - Tempo x Temperatura

A manutenção da relação tempo/temperatura para garantir a qualidade dos alimentos é fundamental.

A maior parte do território brasileiro apresenta um clima tropical com umidade relativa alta, o que propicia uma elevada reação de decomposição dos alimentos quando esses não são armazenados adequadamente.

A temperatura representa o mais importante dentre os fatores que podem influir no crescimento de microrganismos em alimentos.

Não devemos deixar os alimentos na chamada Zona de Perigo (+ 4 o. C a + 65 o. C) por um tempo superior a 2 horas, evitando-se o crescimento de microrganismos, e consequentemente doença transmitida por alimento.

A relação tempo x temperaturam é importante para que se obtenha um produto com garantia de qualidade satisfatória.

O abaixamento da temperatura, como método de preservação de alimentos, é de suma importância, porque pode diminuir o ritmo de crescimento dos microrganismos, bem como retardar as reações químicas e enzimáticas em geral.

Pode-se concluir que o binômio tempo x temperatura é um fator muito importante na distribuição de refeições, devendo ser monitorado diariamente, com o auxílio de termômetros higienizados.

Como preparar os alimentos ?

1 - Cozinha limpa e organizada

A limpeza e organização são pontos relevantes numa cozinha.
A prática de higienização é primordial para prevenir as doenças transmitidas por alimentos (DTA). Utensílios, talheres, superfícies, tábuas vasilhames que entrem em contato direto ou indiretamente com o alimento devem ser cuidadosamente higienizados pois podem se constituir em fonte de contaminação de microrganismos. A higienização deverá ser realizada sempre que se manipular alimentos diferentes, evitando-se, assim, a contaminação cruzada (transferência de contaminantes de um alimento ou local para outro alimento).

Deve-se estar atento, ainda, à limpeza de panos multi-uso e esponjas, a fim de minimizar a disseminação de microrganismos. Esponjas são comumente utilizadas para limpar superfícies de contato com o alimento, o que inclui facas, panelas, pratos, e outros, e podem acumular restos de alimentos e umidade, favorecendo a multiplicação microbiana e, tornando-se, assim, fonte de contaminação. As esponjas devem ser higienizadas após cada utilização, e guardadas limpas e secas em recipientes fechados. Para higienizar as esponjas deve-se lavá-las com água e detergente, e posteriormente colocá-las numa solução contendo água e cloro diluído.

Os panos de prato e esponjas devem ser trocados regularmente, sempre que for necessário. E seus aspectos devem ser observados. Esponjas rachadas devem ser descartadas e substituídas. A qualidade da esponja também é importante. Algumas esponjas são fabricadas com material de qualidade inferior e que desprendem fragmentos de seu material. Não devem ser utilizadas.

Deve-se evitar o uso de panos de prato, dando-se preferências àqueles de uso único ou papel descartável. Porém, na inviabilidade, ao serem usados devem ser postos em solução de água e cloro diluído por 10 minutos antes de serem lavados com água e sabão e secos, após o que convém serem passados.

2 - Utilização de água de qualidade

A água potável pode ser definida como aquela destinada ao consumo humano, não possuindo elementos patogênicos e materiais tóxicos que tragam riscos à saúde.

A qualidade da água consumida é muito importante, assim como todos os cuidados com a rede de distribuição de água.

Vazamentos e defeitos na tubulação da cozinha podem ser causas de contaminação da água e, consequentemente, dos alimentos.

Deve-se salientar que a higienização periódica e adequada das caixas d'água representa uma medida fundamental e indispensável na prevenção de doenças veiculadas pela água ou pelos alimentos contaminados pela mesma e na manutenção da saúde.

Os filtros domésticos devem ser higienizados periodicamente, e caso sejam filtros específicos, empresas especializadas devem realizar tal procedimento.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Alimentação Saudável




Como ter uma alimentação saudável ?

A refeição perfeita tem entre 50% e 60% de carboidrato (massas, pães, arroz), 30% de gorduras e entre 10% e 15% de proteínas (carnes, frango, peixe).
Coma frutas e verduras à vontade.
Controle a quantidade de coxinhas, hambúrgueres e pastéis. Eles têm muita gordura.
Tome sucos de frutas como laranja, abacaxi, acerola. A vitamina C desses sucos ajuda a fixar o ferro e combater a anemia.

Tome pelo menos quatro copos de leite por dia. Pode trocá-los por iogurte ou queijo. O cálcio desses produtos é fundamental para o crescimento.
Beba sempre muita água.
Varie sua dieta. Assim não há risco de faltar algum nutriente.
Controle o consumo de sal e açúcar para evitar problemas na idade adulta. O excesso de sal é perigoso para quem tem predisposição genética à hipertensão, e o de açúcar, para quem tem propensão ao diabetes.
Coma fibras. Elas estão nas frutas e nos legumes e também nas barrinhas de cereais.
Substitua os salgadinhos de pacote que você come na frente da televisão por lanches menos calóricos, como pipoca light de microondas.

Quais são as principais fontes de fibras?

Alimentos ricos em fibras são frutas, vegetais, pão integral, nozes, legumes, cereais integrais e farelos são fontes de fibras.
A dieta ocidental tem sido pobre em fibras, em conseqüência da produção em massa de alimentos refinados associada ao consumo crescente de carne vermelha.
Isto causou a disseminação de algumas das chamadas doenças da civilização, como a constipação intestinal, a diverticulose e a diverticulite, as hemorróidas, os problemas cardiovasculares e o câncer de cólon.
O brasileiro das grandes cidades ainda está longe desta meta, pois segundo dados do Estudo Nacional de Despesa Familiar (Endef), do IBGE, o consumo médio de fibras por pessoa em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre é de aproximadamente 20 gramas.

Educação alimentar

O processo de educação alimentar deve envolver toda a família, já que os adultos servem de modelo para as crianças.
Um importante desafio quando se trata de promover uma alimentação saudável é a mudança de hábitos. As práticas alimentares inapropriadas e o baixo nível de informação da população em relação a atitudes que melhoram suas condições de saúde entre as quais se inclui a atividade física podem ser identificados por todo o País. Para acabar de vez com a desnutrição, é preciso pôr fim à pobreza e à fome. No entanto, os problemas nutricionais não se relacionam exclusivamente à falta de alimentos.

Programas e Projetos do Governo Federal - SEGURANÇA ALIMENTAR

As entidades que arrecadam alimentos e distribuem para quem precisa contam com um importante Programa do Governo Federal: o Banco de Alimentos, uma ação integrada do Fome Zero.

O Banco de Alimentos é uma iniciativa de abastecimento e segurança alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em parceria com Municípios com mais de 100.000 habitantes. Seu objetivo é arrecadar alimentos, provenientes de doações, por meio da articulação com o setor alimentício (indústrias, supermercados, varejões, feiras, centrais de abastecimento e outros).

Em cada um dos Bancos, os produtos são recebidos, selecionados, separados em porções, processados ou não, embalados e distribuídos gratuitamente às entidades assistenciais, como forma de complementação às refeições diárias da população assistida. Em contrapartida, as entidades atendidas pelos Bancos de Alimentos participam de atividades de capacitação em educação alimentar, para que o conhecimento seja repassado à comunidade.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome apóia 90 Bancos de Alimentos em 89 municípios de 19 Estados, sendo 56 unidades já em funcionamento, totalizando mais de R$ 15 milhões transferidos desde 2003. Outras 35 já receberam recursos e estão em fase de construção / implantação. Em 2008, as unidades em funcionamento distribuíram aproximadamente de 7 mil toneladas de alimentos, beneficiando cerca de 1100 entidades assistenciais.



Saiba a localização de cada um deles:

Bahia: Camaçari, Juazeiro, Lauro de Freitas e Paulo Afonso
Ceará: Juazeiro do Norte
Espírito Santo: Vitória
Goiás: Goiânia
Maranhão: Imperatriz
Mato Grosso: Cuiabá
Mato Grosso do Sul: Campo Grande
Minas Gerais: Belo Horizonte, Contagem, Contagem (Ceasa Minas), Formiga, Janaúba, Ribeirão das Neves, Sabará, Ubá, Uberaba, Uberlândia e Varginha
Paraíba: Campina Grande, João Pessoa e Patos
Paraná: Ponta Grossa e Umuarama
Pernambuco: Recife e Surubim
Rio de Janeiro: Mesquita, Niterói e Volta Redonda
Rio Grande do Norte: Natal
Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, Santa Maria e Santo Ângelo
Rondônia: Ariquemes
Santa Catarina: Chapecó e Mafra
São Paulo: Araraquara, Campinas (Ceasa), Cubatão, Diadema, Embu das Artes, Guarulhos, Hortolândia, Itanhaém, Itaquaquecetuba, Jandira, Mauá, Osasco, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, São Carlos, São José do Rio Preto e Suzano


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A segurança sanitária dos alimentos ofertados para consumo da população é um dos desafios da Saúde Pública. Por isso, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, coordenado pela Anvisa, no conjunto de suas ações de controle na área de alimentos, prioriza o Projeto de Capacitação de Recursos Humanos em Sistemas Modernos de Inspeção Sanitária.

Resultados

O Projeto foi iniciado em julho de 2001 em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/INNPAZ) e já realizou 28 cursos divididos em 4 etapas:

*
Boas Práticas de Produção de Alimentos (GMP);
*
Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (SSOP);
*
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP) e
* Audiroria e Metodologia

O conhecimento de novos instrumentos e metodologias de inspeção e de processo pedagógico repassado aos técnicos dos serviços de vigilância sanitária estaduais permitiu a sua multiplicação para técnicos das vigilâncias municipais. Dessa forma, foi possível aumentar a cobertura e agilizar as ações que visam:

* avaliar as práticas adotadas pelos estabelecimentos produtores e prestadores de serviços da área de alimentos e de alimentação; e
* intervir nas situações de risco de contaminações por perigos químicos, físicos ou biológicos, ou em casos de riscos de possíveis agravos pelos alimentos colocados para consumo.

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PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar institui parâmetros específicos para a compra de alimentos diretamente da agricultura familiar. Estes alimentos são destinados ao atendimento da demanda das famílias carentes e à recomposição dos estoques estratégicos do Governo Federal. A ação prevê a dispensa de licitação e fixa o teto de compra em R$ 3,5 mil ao ano, por agricultor e, no caso da produção de leite, R$ 3,5 mil por semestre.

Criado em julho de 2003 - em convênio firmado entre Estados e Municípios com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS); o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – o PAA garante renda ao produtor e ainda contribui com as ações de combate à fome voltadas para pessoas em situação de vulnerabilidade. Outro importante desdobramento é a regulação do preço de mercado.

Em 2008, o PAA recebeu R$ 445 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, atendendo cerca de oito milhões de pessoas. No mesmo ano, o Programa comprou, em média, 468 mil litros de leite por dia (dados novembro/08), em 1.409 Municípios beneficiados, em nove Estados, com a aquisição e/ou distribuição do produto. Desde o início do PAA, implantado em 2003, o Ministério já investiu R$ 1,9 bilhão, atendendo a 67 mil produtores.